Podcast inédito “Dois dedos de prosa” passeia pelo Beco das Garrafas e revela a Bossa Nova de Nara Leão, Johnny Alf e Roberto Menescal!

  • 23/02/2024

Podcast inédito “Dois dedos de prosa” passeia pelo Beco das Garrafas e revela a Bossa Nova de Nara Leão, Johnny Alf e Roberto Menescal!

Na sequência do podcast “Dois dedos de prosa”, mais um programa inédito do MIS RJ , “Música é história” estreia segunda(26/2), 15h! Um passeio em cinco episódios pela Bossa Nova de Nara Leão, Johnny Alf, Roberto Menescal e o lendário “Beco das Garrafas”. Conduzido por Daiane Lopes, responsável pelo setor iconográfico do museu e pela jornalista Márcia Benazzi, foi gravado no estúdio Chacrinha, sede Lapa, com a participação especial de Pedro Paulo Júnior, trompetista, arranjador, compositor, pesquisador e jornalista.

Para o presidente do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, Cesar Miranda Ribeiro – “Música é história vai continuar revelando para os internautas e ouvintes da Web Rádio MIS RJ o que temos em acervo, milhares de itens, sobre um dos momentos históricos mais emblemáticos da nossa identidade musical, a Bossa Nova, e alguns dos seus maiores expoentes”.

Porque a travessa sem saída da Rua Duvivier, em Copacabana, ganhou o nome de “Beco das Garrafas”, e o que esse espaço representou para a história da Música Popular Brasileira? Essas e outras perguntas foram respondidas pelo trompetista Pedro Paulo Júnior, que viajou no tempo, para as décadas de 50 e 60, para explicar como era o reduto musical, primeiramente chamado de “Beco das Garrafadas”, frequentado por músicos profissionais e amadores, que fizeram carreira se apresentando no local e ganharam reconhecimento e notoriedade.

A Bossa Nova, com a sua visão solar e esperançosa, seu canto coloquial e a sua batida única de violão, atravessou fronteiras e despertou o interesse do ícone norte-americano Frank Sinatra, que gravou com Tom Jobim um álbum histórico, lançado em 1967, popularizando o gênero musical em todo o mundo! São muitas as histórias contadas, dos encontros dos jovens músicos nos apartamentos da zona sul carioca ao violão revolucionário de João Gilberto, da gravação de Elizeth Cardoso em 1958 para o LP “Canção do Amor Demais” ao show dos artistas brasileiros no Carnegie Hall, em Nova Iorque, em 1962. Muitas décadas se passaram, e a Bossa Nova continua se reinventando no século vinte e um como um dos maiores exemplos de criação musical e identidade nacional mundo afora.

E o que dizer de Johnny Alf? Apelidado por Tom Jobim de “Genialf”, tamanha a admiração do maestro pelo músico carioca. Johnny Alf, nasceu no Rio de Janeiro em 19 de maio de 1929. Pianista de formação erudita, subverteu harmonia e letra com a sua genialidade e ineditismo, influenciando musicalmente a geração da Bossa Nova como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Tom Jobim, Silvinha Teles e muitos outros.

Nara Leão e Menescal, capixabas de Vitória, criados à beira mar na praia de Copacabana, se conheceram na infância, continuaram amigos e foram parceiros na Bossa Nova. Nara Leão não gostava de ser chamada de “musa” da Bossa Nova, e o rompimento com o gênero musical que ajudou a lançar, levou a artista a trilhar novos caminhos, a descobrir o samba de Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Keti, a apoiar o movimento tropicalista e participar ativamente das manifestações contrárias a ditadura militar. O episódio dedicado a Nara Leão vai revelar quem foi essa mulher à frente do seu tempo, que contribuiu com o seu talento, seu canto livre e moderno para a construção da rica Música Popular Brasileira.

Roberto Menescal nasceu no dia 25 de outubro de 1937. Sua produção musical continua inspirando gerações, lançando artistas e apresentando novas parcerias! Aos 86 anos, é o último guardião em atividade da Bossa Nova. Além de autor de clássicos inesquecíveis como “O Barquinho”, foi importante diretor artístico de gravadora, e o seu dom de trazer o novo à cena musical garantiu nas últimas décadas a permanência da nossa brasilidade em muitos gêneros musicais.

O MIS RJ salvaguarda a Coleção Nara Leão, doada ao museu em 1990 pelo seu marido Cacá Diegues. É constituída por fotografias, documentos textuais, partituras, objetos tridimensionais, entre eles dez troféus. São mais de 1.400 itens presentes em todos os setores e que estão à disposição do público para consulta e pesquisa! Além do testemunho oral dado para a série Depoimentos para a Posteridade, em que Nara Leão conta a sua história de vida, gravação realizada em 6 de julho de 1977. O museu também tem em seu acervo mais de 200 itens sobre Johnny Alf, e mais de 380 itens sobre Roberto Menescal, inclusive o seu Depoimento para a Posteridade de 28 de julho de 1977.

O podcast “Dois dedos de prosa” apresenta à partir da próxima segunda (26/2) até sexta (1/3), cinco episódios do programa “Música é história”, sempre em dois horários, 15h (episódio inédito) e 21h (reapresentação), com a participação especial do trompetista Pedro Paulo Júnior. A apresentação é da jornalista Márcia Benazzi; roteiro e coordenação da historiadora Daiane Lopes; técnico de gravação e informática, André Luis Pereira; sonoplastia Renato Alencar; técnico de vídeo, Klaus Wilken; Mídias Sociais, Vitória Felsemburgh; Designer Vítor Sant’Anna; músicas Bárbara Andrade.

Todo o acervo do Museu da Imagem e do Som referente à Bossa Nova pode ser pesquisado por cariocas, fluminenses, brasileiros e estrangeiros e para acessar o material basta enviar e-mail para saladepesquisa@mis.rj.gov.br e agendar uma visita ao Centro de Pesquisa e Documentação Ricardo Cravo Albin.

O MIS RJ integra a rede de equipamentos culturais do Governo do Estado e está vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC-RJ).

Publicado em 23/02/2024 por Márcia Benazzi


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